lunes, 20 de septiembre de 2010

A Batalha de Los Angeles


Em 25 de fevereiro de 1942, ocorreu um dos mais impressionantes casos ufológicos da história, tendo como testemunhas diretas milhares de pessoas na região de Los Angeles, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos.

Após o ataque japones à Peal Harbor, a Segunda Guerra torna-se de fato mundial, com o envolvimento de todos os continentes. Nos Estados Unidos decretou-se estado de guerra, iniciando-se o treinamento e embarque de soldados para os chamados Teatros de Guerra. Foram estabelecidos sistemas de defesa aérea e naval, para impedir quaisquer operações militares sobre os Estados Unidos. Uma destas defesas consistiam no estabelecimento de vários postos de defesa munidos com canhões antiaéreos. Para operação noturna foram disponibilizados potentes holofotes permitindo a contínua operação destas armas. A defesa naval, por sua vez, utilizava as ilhas de San Miguel, Santa Rosa, Santa Cruz, Santa Catalina e San Clemente como base apoio.

Todo essa força bélica, e milhares de soldados operando estes equipamentos nada puderam fazer durante o misterioso episódio ocorrido nas primeiras horas da madrugada de 25 de fevereiro de 1942. Milhares de moradores da região acordaram com sirenes ou com os disparos do Grupo de Defesa Aérea. Calcula-se que em toda a região haviam aproximadamente 12 mil residências onde os moradores, apavorados, testemunharam o impressionante episódio. No dia seguinte moradores, militares e governantes estavam assustados. Depois de milhares de disparos direto contra o alvo localizado, nada foi derrubado. Vários automóveis e residências danificados por estilhaços dos disparos. Três pessoas morreram atingidas por estes estilhaços e outras três morreram por ataques cardíacos.

As autoridades militares não sabiam o que informar à população. Ocorreram várias declarações, conflitantes entre si, mas o mistério permaneceu. Até hoje não se tem uma estimativa exata do numero de objetos envolvidos no incidente. Algumas pessoas declaram terem observado um único objeto que voaria a aproximadamente 300 Km por hora. Outros afirmaram que eram vários objetos luminosos. Houve quem afirmou ter visto várias esquadrilhas com objetos de tamanhos variados sobrevoando a região. Torna-se difícil, hoje em dia separar relatos sérios de afirmações embaladas na histeria daquele dia. Houveram também depoimentos a respeito de aeronaves de caça do 4º Esquadrão de Interceptação teriam decolado para repelir os invasores. Os militares, entretanto negaram este afirmação.

Depois de inúmeras contradições, os militares afirmaram que o episódio originou-se em uma operação coordenada do Japão, através de aeronaves, com o apoio de um submarino, com o objetivo de causar medo e diminuir o moral do país na guerra, encerrando a questão por aí. Eles citaram inclusive um possível ataque de um submarino em 23 de fevereiro em uma instalação de armazenamento de óleo nas proximidades de Santa Bárbara. Entretanto, se observarmos todos os detalhes referentes ao estranho episódio conclui-se que tal desculpa é inconsistente.

A chamada Batalha de Los Angeles começou na noite de 24 de fevereiro quando várias pessoas identificaram estranhos objetos luminosos nos céus. Algumas pessoas entraram em contato com a Brigada de Artilharia Costeira, responsável pela defesa aérea na região. Os objetos foram captados por radares e acompanhados detidamente pelos militares. Estes objetos adotaram uma formação em V, padrão utilizado por aeronaves militares. Em função disso, por volta das 2:25 hs foram acionadas as sirenas de alerta para ataques aéreos. Foi ordenado um blackout em toda a região e os holofotes foram ligados. Pilotos de combate foram posicionados para decolarem quando fosse necessário.

Às 3:16 hs, a 37º Brigada de Artilharia Costeira identificou os OVNIs e começou a disparar contra eles, utilizando dezenas de baterias antiaéreas com munição 12.8 libras. Foram efetuados 1440 disparos até por volta das 4:14 hs. Os objetos deslocaram-se da região de Santa Monica para Long Beach, percorrendo todo o trajeto em 20 minutos. O blackout e o alerta somente foram retirados às 7:21 hs.

No dia 26, os jornais de todo o país estamparam a notícia do alarme ocorrido em Los Angeles e publicaram numerosos depoimentos de testemunhas, inclusive de repórteres locais que testemunharam todo o episódio. Bil Henry, do Los Angeles Times declarou: "Eu estava muito longe do local, sem poder identificá-lo. Eu aposto que havia numerosos disparos sobre o objeto". Peter Jenkins, do Los Angeles Herald Examiner, declarou: "Eu podia ver claramente a formação em V, de cerca de 25 aeronaves prateadas movendo-se lentamente sobre Long Beach".

As tentativas de explicação

Diante de tanta exaltação pública, o então secretário da Marinha, Frank Knox, convocou uma coletiva de imprensa onde afirmou que todo o episódio tratou-se de um alarme falso ocasionado por tesão de guerra. Alguns jornalistas presentes não aceitaram a explicação e suspeitaram que algum tipo de acobertamento estava ocorrendo. No editorial do jornal Long Beach Independent, lia-se: "Existe uma misteriosa reticência envolvendo o assunto e parece haver alguma forma de censura que está tentando segurar as discussões sobre o fato".

No dia seguinte, o Secretário de Guerra, Stimson declarou que haviam 15 aeronaves não identificadas envolvidas, deslocando-se a 300 km por hora, mas que nenhuma delas foi abatida. Ele afirmou que seu objetivo era impor o medo e baixar a moral do povo americano. Como os mares eram constantemente vigiados tanto por navios de guerra quanto por aeronaves, a possibilidade de tratar-se de um ataque a partir de Porta-Aviões estaria descartada. Especulou-se então que os japoneses teriam embarcado aviões no submarino observado em Santa Barbara, que teriam decolado e realizado sobrevoos em Los Angeles provocando todo o alerta. Se levarmos em conta os fatos chegamos à conclusão de que esta explicação é infundada. Primeiro vamos avaliar a possibilidade de cada uma das diferentes versões levantadas pelas autoridades militares americanas à época do fato.

A hipótese mais difundida pelos militares dos Estados Unidos é a de uma operação japonesa em larga escala com o intuito de espalhar o terror e afetar o moral americano.

Podemos começar nos questionando o que causaria mais terror em uma população em tempos de guerra?

Seriam aeronaves desconhecidas sobrevoando suas cabeças sem realizar ações de ataque, ou aeronaves desconhecidas bombardeando cidades supostamente seguras?

Com certeza a segunda possibilidade seria a mais aterrorizante. Então nada justifica uma ação japonesa desta natureza, em um território inimigo, sem qualquer tipo de apoio, e sem que exista qualquer benefício posterior de tal ofensiva. Mas supondo que os militares japoneses optassem por realmente realizar uma ação não destrutiva em território americano. O meio mais rápido, fácil e eficiente seria através de Porta-Aviões que transportariam todo o pessoal necessário, combustível e demais equipamentos necessários para este tipo de operação. A autonomia dos caças japoneses da época não permitiria um voo direto a partir da base mais próxima, muito menos um sobrevoo e posterior retorno, sendo assim o uso de uma base aeronaval móvel seria indispensável. Levando-se em conta o fator estratégia de guerra, um Porta Aviões, devido à sua importância, jamais navega sozinho. Sempre existe um comboio de proteção. Em uma região constantemente patrulhada e vigiada por americanos, um comboio desta natureza não passaria desapercebido. Além disso, tamanha força de combate é mobilizada quando existe importância estratégica, ou seja, causar o máximo de prejuízos ao inimigo. Como vimos, o evento de Los Angeles não se enquadra nessa categoria.

Segundo o governo americano o ataque teria sido realizado a partir de um submarino japonês que no dia 23 teria atacado ao norte de Los Angeles. Durante a SGM, o Japão inovou e construiu uma nova classe de submarinos capazes de transportar entre um e três hidroaviões de ataque. O primeiro deles começou a operar militarmente em 21 de novembro de 1941 e transportava apenas uma única aeronave, modelo Yokosuka E14Y. No ataque do dia 23, apenas um unico submarino foi detectado, não havendo quaisquer indícios de outros submarinos na área. Se levarmos em conta o registro por radar de vários objetos desenvolvendo velocidades que variavam de 0 (estático) à 320 Km/h, e os inúmeros depoimentos de testemunhas que relataram a presença de vários objetos, podemos, podemos excluir um possível ataque japonês. Além disso temos o fato que após intenso fogo antiaéreo nada foi abatido, mesmo tendo sido visualmente atingido pelos disparos.

Uma segunda hipótese bastante difundida é referente aos balões Fugos engenhosamente utilizado pelos japoneses em ataques à grandes distâncias. Este tipo de balão transportava uma carga explosiva combinando minas, hidrogênio e dispositivos incendiários. Eles utilizavam uma corrente de ar, em altas altitudes que os transportavam para leste. Vários destes balões caíram em território americano, mas os danos causados foram mínimos. Aqui também podemos nos questionar sobre a ausência de destroços do alegado balão. Nada foi encontrado que reforçasse a idéia ter ocorrido um ataque com o uso de um Fugo.

A terceira hipótese e a mais correta é a de que se trata realmente de um objeto voador não identificado (OVNI), pois até hoje a natureza deste objeto é desconhecida.

O que permanece é o grande mistério sobre a origem do insólito objeto. Não era avião japonês e não era balão. Na famosa fotografia obtida na ocasião observa-se um objeto claramente discóide iluminado pelos holofotes. Tal objeto foi intensamente alvejado e saiu absolutamente ileso como que a zombar de nossas capacidades bélicas da época. Os governantes ficaram impressionados gerando o embrião do que mais tarde viria a ser conhecido como política de acobertamento.

Fonte: Site Fenomenum

Foo fighter

Este post nao é sobre a banda americana Foo Fighters. Aqui o assunto é outro. Foo Fighter (do francês foo gíria para fogo e do inglês fighter referência aos caças: Caça de fogo) é um termo utilizado durante a Segunda Guerra Mundial para descrever o fenômeno onde uma ou mais esferas luminosas alaranjadas eram avistadas por pilotos perseguindo ou acompanhando seus aviões. Alguns pilotos aliados achavam que poderia ser uma espécie de arma psicológica dos alemães, que visava atordoar e confundir os pilotos.


Terminada a guerra, a hipótese de arma nazista foi descartada. Na verdade, os Foo fighters também importunavam os alemães. O assunto era tratado com tanta seriedade pela alto comando da Luftwaffe que em 1944 foi criada a "Base Especial nº 13" (Sonderbüro Nr. 13), um projeto secreto de investigações, que se ocultava sobre o nome de "Operação Uranus", e tinha o objetivo de recolher, avaliar e estudar os relatórios de observações dos pilotos sobre estranhos objetos voadores que apareciam perto dos aviões alemães.

Supõe-se que os alemães começaram a ver estes estranhos objetos desde 1943, onde os relatórios começaram a chegar no Estado Maior Superior do Exército do Ar da Alemanha. A criação deste projeto de pesquisa secreto pelo alto comando militar alemão prova que os Foo fighters eram um mistério a ser desvendado também para os nazistas.

Foram criadas várias teorias para o fenômeno, inclusive de supostas aparições extraterrestres. Um tipo de descarga elétrica das asas dos aviões (veja Fogo de São Telmo) tem sido sugerido como uma explicação. Outra teoria supõe que as esferas avistadas pelos pilotos eram Raios globulares, mas até hoje não foi encontrado nenhuma explicação satisfatória.

domingo, 12 de septiembre de 2010

Seis décadas após Holocausto, judaísmo floresce na Alemanha

Em clima de festa tomou conta das cinco sinagogas de Berlim nos últimos dias, por ocasião do Rosh Hashaná, a celebração do ano novo judaico, entre quarta e quinta-feira. Segundo reportagem da correspondente Graça Magalhães-Ruether para a edição do GLOBO deste domingo, sessenta e cinco anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, a cultura judaica volta a florescer na Alemanha com a chegada em massa de judeus. Diferentemente dos anos 1960 e 1970, quando a migração judaica dirigia-se sobretudo a Israel, a preferência dos judeus da Europa Oriental tem se dividido, nos últimos anos, entre a Terra Prometida e a Alemanha. Só da antiga União Soviética chegaram cerca de 200 mil desde a queda do Muro de Berlim. Hoje, 85 cidades alemãs contam com sinagogas - e só Berlim e Munique, juntas, contam com 16 templos.

Para alguns judeus mais velhos, com a festa da semana passada parecia que a roda da História havia girado, e o judaísmo era vivido na capital alemã como foi até 1933, quando viviam na cidade 120 mil judeus, integrando as elites artística, científica e intelectual, como o filósofo Walter Benjamin e o físico Albert Einstein.

- O judaísmo voltou a florescer não só em Berlim, mas em toda a Alemanha - celebra Maja Zeder, porta voz da comunidade judaica de Berlim, filha de judeus da Ucrânia.

Até 1933, viviam na Alemanha meio milhão de judeus. Apenas pouco mais de 20 mil sobreviveram ao regime nazista. Depois de 1945, viviam no país sobretudo judeus em trânsito à espera de uma chance de ir para Israel. As pequenas comunidades judaicas que começaram a se organizar, ao longo das décadas, chamavam a atenção, mas muitos de seus membros eram criticados por quem decidiu partir por viverem na Alemanha.

Maioria dos recém-chegados veio da antiga URSS
A situação começou a mudar com a abertura do regime comunista da antiga União Soviética. Depois de um acordo fechado pelo chanceler federal Helmut Kohl e o líder soviético Mikhail Gorbachov, os judeus soviéticos passaram a ter permissão para emigrar para a Alemanha. Com a oferta de ajuda financeira e o sonho de uma vida melhor, sem discriminação, houve uma evasão em massa.

Hoje, 80% dos judeus da Alemanha vêm da antiga URSS, o que causou uma revolução cultural para os próprios judeus alemães. Com os imigrantes do leste, surgiram também novos hábitos e uma nova cultura, com mais ortodoxos e até ultraortodoxos. Em comum com os outros imigrantes, os judeus têm apenas o fato de ter de aprender o alemão - 99% desses imigrantes têm formação universitária, o que torna mais fácil a integração no mercado de trabalho e na sociedade local.

Fonte. Jornal O Globo, 12sep10.