lunes, 7 de febrero de 2011

Ratlines, a rota de fuga para America Latina

Klaus Barbie, durante seu julgamento em Lyon (França)

As ratlines (em português, literalmente, linhas de ratos) eram sistemas de fuga para nazistas que deixavam a Europa no final da Segunda Guerra Mundial após a derrota das Potências do Eixo. Estas rotas de fuga terminavam geralmente em locais seguros na América do Sul, particularmente na Argentina, Paraguai, Brasil e Chile. 

Uma destas, era administrada pela ODESSA (Organisation der ehemaligen SS-Angehörigen, Organização de ex membros da SS), rede organizada por Otto Skorzeny. 

O bispo católico Alois Hudal, membro honorário do NSDAP, era reitor do Pontifício Instituto Teutônico Santa Maria dell'Anima em Roma, e depois do final da guerra na Itália, Hudal passou à defender alguns dos prisioneiros de guerra na Itália.  Hudal ajudou à escapar criminosos de guerra nazitas procurados, entre os que se encontravam Franz Stangl, comandante de Treblinka, Gustav Wagner, comandante de Sobibor, Alois Brunner, responsável do campo de internação de Drancy, perto de Paris e Adolf Eichmann.

Em seu livro The Real Odessa (A Verdadeira Odessa) de 2002 o pesquisador argentino Uki Goñi mostrou que arquivos de diplomatas argentinos e funcionários tinham consciência, sobre as instruções do Perón, que incentivavam prisioneiros de guerra nazistas e fascistas para ir para a Argentina. De acordo com Goñi os argentinos não só colaborou com os ratline, como estabeleceram seus próprios ratlines percorrendo a Escandinávia, Suíça e Bélgica. De acordo com Goñi, na Argentina, o primeiro chegada de nazistas foi em Janeiro de 1946.


Algunos famosos criminosos de guerra nazis como Adolf Eichmann, Franz Stangl, Gustav Wagner, Erich Priebke, Klaus Barbie, Edward Roschmann, Aribert Heim, Andrija Artuković, Ante Pavelić e outros como Walter Rauff, Alois Brunner e Josef Mengele.