sábado, 30 de abril de 2011

Em 1942 Ucrânia e Alemanha travaram o Jogo da Morte, uma partida de futebol reinventada pela propaganda soviética.


Jornal O Globo: 29/04/2011


Agosto de 1942.  No meio da guerra, com a Alemanha se expandindo por toda a Europa, um embate entre dois times amadores, um ucraniano e outro alemão, está prestes a acontecer. A disputa, travada no tímido Zenith Stadium, em Kiev, é ainda hoje cercada de boatos e associada ao fim trágico de, pelo menos, cinco atletas. Não à toa, é conhecida como Jogo da Morte. Uma nova versão do embate, entretanto, vem sendo objeto de estudos.

Vencida pelos ucranianos por 5 a 3, a partida foi maquiada de tal forma pela propaganda stalinista que seus reais acontecimentos só foram conhecidos muito após a queda da União Soviética. Ainda assim, a versão fantasiosa permanece sendo a mais divulgada. E foi graças a ela que seus jogadores ganharam estátua no estádio - rebatizado para Start Stadium, nome do time vitorioso -, dois filmes e pelo menos dois livros. Talvez a pesquisa mais extensa tenha sido do escritor britânico James Riordan, autor de "The Match of Death" (O jogo da morte, em tradução livre), que entrevistou filhos de jogadores e pessoas que viram a partida.

Em 1942, a Ucrânia era apenas uma das colônias do Terceiro Reich. Mas o império nazista já encontrava pedras em seu caminho pela Europa. Adolf Hitler, que alcançara o zênite de seu poder dois anos antes, via seu exército ser gradualmente escorraçado da União Soviética.

Os ucranianos resistiram o quanto puderam à ocupação. Até 15 milhões deles teriam morrido durante a Segunda Guerra Mundial. Sua contestação aos alemães fez Hermann Goëring, fundador da Gestapo, determinar a morte de todos os homens com mais de 15 anos.

A cúpula do Reich foi ainda mais longe: nomeou como administrador do novo território Erich Koch, um dos mais sanguinários comandados de Hitler. Seus sentimentos em relação ao território que governava podem ser resumidos em sua frase: "A Ucrânia não existe... é apenas um conceito geográfico."

Os punhos de ferro de Koch eram, volta e meia, desafiados por rebeldes. Em setembro de 1941, uma horda de revoltosos atacou o Hotel Continental de Kiev e o quartel-general alemão na cidade. A truculência habitual pôs tudo nos eixos algum tempo depois, mas um homem viu, em meio àquele desespero, a oportunidade para tirar um velho sonho do papel.

Otto Schmidt nasceu em Kiev, mas era alemão. Diferentemente do governador, com quem tinha trânsito livre, tratava os ucranianos humanamente. Chegava a admirá-los - ao menos no futebol. Schmidt era torcedor inveterado do Dínamo Kiev, um dos principais do país, cujos campeonatos esportivos foram abolidos desde a chegada dos nazistas.

Saudoso do escrete, Schmidt empregou, em sua padaria, todos os ex-jogadores do Dínamo que passavam por seu caminho - começando pelo goleiro Nikolai Trusevich, que ajudou a encontrar os demais.

O empresário estava em plena busca pelos antigos ídolos quando houve o ataque ao quartel nazista. Schmidt, então, propôs ao governador Koch a realização de um campeonato de futebol. Seria a forma perfeita para levantar o moral do Reich após as investidas "terroristas". A Alemanha montaria uma equipe entre os soldados que estavam à serviço na Ucrânia. Seus adversários seriam forças de outros países aliados a Hitler - Hungria, Romênia, Itália e Eslováquia. E a padaria, claro, também teria sua seleção.

Koch comprou a ideia, mas com ressalvas. Como o nome Dínamo Kiev fora criado por comunistas, a padaria entraria em campo de embalagem nova - nascia, assim, o FC Start. Alguns jogadores da equipe ucraniana também foram barrados, supostamente por envolvimento com atos terroristas.

Recusa em fazer a saudação nazista

Os pitacos do governador não atrapalharam o baile do Start, que, com seus atletas ex-profissionais e de condicionamento físico razoável, superou sem dificuldades os adversários - um deles foi pisoteado por 14 a 1. Até chegar à partida contra a Alemanha, com direito a Goëring na arquibancada.

O encontro não começou bem. O escrete da padaria entrou em campo de vermelho - uma cor sensível para os alemães, antibolcheviques como eram. Os ucranianos tampouco fizeram a saudação nazista. No lugar de "Heil Hitler", gritaram "Fizkult - ura, ura, ura!", uma tradicional saudação soviética antes das partidas de futebol.

Ao início potencialmente bélico seguiu-se uma partida tensa, mas leal. Segundo uma testemunha ouvida por Riordan, o pesquisador britânico, "os times apertaram as mãos, posaram para uma fotografia juntos e foram para casa".

Algum tempo depois, com o triunfo já esquecido, um funcionário da padaria pôs vidro em uma remessa de pães destinada a oficiais nazistas. A sabotagem foi percebida pelos militares, que invadiram a fábrica e mataram 300 pessoas - entre elas, cinco atletas do FC Start. Nem os esforços diplomáticos de Schmidt conseguiram deter o massacre.

Em novembro de 1943, Koch e seus comandados tiveram de bater em retirada. O Exército soviético, que vinha obtendo sucessivas vitórias sobre as forças de Hitler, finalmente retomou Kiev. Mas, ao menos na padaria, a mudança não foi motivo de comemoração. Logo após chegar à cidade, a polícia secreta de Stalin foi ao estabelecimento e prendeu os boleiros sobreviventes do FC Start, acusados de "colaboração".
"Os atletas do Jogo da Morte tiveram sorte", escreveu Riordan. "Em vez de matar estes 'colaboradores', a polícia secreta e os líderes comunistas locais inventaram um mito."

De presos a heróis

Riordan apurou que alguns jogadores ficaram até quatro meses presos. Nesse período, a propaganda soviética criou uma nova versão dos acontecimentos do Zenith Stadium. Uma partida banal transformou-se em símbolo da bravura esperada de todos os comunistas. E os novos heróis nacionais estavam proibidos de contar a verdade - eles só puderam sair da prisão após concordarem em divulgar a fantasia concebida pelo Kremlin.

A versão stalinista é, até hoje, a mais conhecida do episódio - e a responsável pelo apelido macabro por que é conhecido o jogo. Segundo ela, a equipe da padaria era composta por atletas esfomeados, um retrato fiel do que era a população ucraniana durante o domínio nazista. Os alemães, por sua vez, estavam representados pela seleção da Luftwaffe, a Força Aérea do Reich. Jogadores talentosos, experientes e nutridos.

Além da diferença física, o árbitro, no relato stalinista, não se destacava pela neutralidade. Era um oficial do serviço secreto nazista, que, antes do jogo, desceu ao vestiário ucraniano para deixar claro o que deveria acontecer em campo: "Vençam e morram, percam e sobrevivam". Durante a partida, apitou, à toa, diversas vezes em que a equipe da padaria chutava a gol, invalidando os lances.

Apesar da ameaça e do juiz inescrupuloso, a Ucrânia teria encarado o desafio como uma grande exaltação patriótica. Assim, bicou para longe as combinações e despachou a seleção alemã com uma vitória por 5 a 3. Alguns jogadores pagaram com a vida: foram torturados, ou levados a campos de concentração, ou os dois.
"Como o nariz de Pinóquio, o mito cresceu e cresceu", conta Riordan. "Os sobreviventes da partida foram recebidos como heróis até mesmo na República Democrática Alemã (que integrava o bloco soviético). Mas a história inteira nunca será conhecida, uma vez que o último jogador morreu em 1998."

lunes, 7 de febrero de 2011

Ratlines, a rota de fuga para America Latina

Klaus Barbie, durante seu julgamento em Lyon (França)

As ratlines (em português, literalmente, linhas de ratos) eram sistemas de fuga para nazistas que deixavam a Europa no final da Segunda Guerra Mundial após a derrota das Potências do Eixo. Estas rotas de fuga terminavam geralmente em locais seguros na América do Sul, particularmente na Argentina, Paraguai, Brasil e Chile. 

Uma destas, era administrada pela ODESSA (Organisation der ehemaligen SS-Angehörigen, Organização de ex membros da SS), rede organizada por Otto Skorzeny. 

O bispo católico Alois Hudal, membro honorário do NSDAP, era reitor do Pontifício Instituto Teutônico Santa Maria dell'Anima em Roma, e depois do final da guerra na Itália, Hudal passou à defender alguns dos prisioneiros de guerra na Itália.  Hudal ajudou à escapar criminosos de guerra nazitas procurados, entre os que se encontravam Franz Stangl, comandante de Treblinka, Gustav Wagner, comandante de Sobibor, Alois Brunner, responsável do campo de internação de Drancy, perto de Paris e Adolf Eichmann.

Em seu livro The Real Odessa (A Verdadeira Odessa) de 2002 o pesquisador argentino Uki Goñi mostrou que arquivos de diplomatas argentinos e funcionários tinham consciência, sobre as instruções do Perón, que incentivavam prisioneiros de guerra nazistas e fascistas para ir para a Argentina. De acordo com Goñi os argentinos não só colaborou com os ratline, como estabeleceram seus próprios ratlines percorrendo a Escandinávia, Suíça e Bélgica. De acordo com Goñi, na Argentina, o primeiro chegada de nazistas foi em Janeiro de 1946.


Algunos famosos criminosos de guerra nazis como Adolf Eichmann, Franz Stangl, Gustav Wagner, Erich Priebke, Klaus Barbie, Edward Roschmann, Aribert Heim, Andrija Artuković, Ante Pavelić e outros como Walter Rauff, Alois Brunner e Josef Mengele.

martes, 4 de enero de 2011

Áustria investiga se 220 corpos achados em hospital são de mortos em programa de eutanásia nazista


HALL, Áustria - As autoridades austríacas começaram a investigar nesta terça-feira se os 220 corpos não identificados encontrados em um cemitério na ala de psiquiatria de um hospital em Hall, na região do Tirol, são realmente de vítimas do programa de eutanásia nazista.

Segundo o historiador Horst Schreiber, há alguns anos já se suspeitava que durante o regime nazista centenas de pessoas teriam sido abandonadas no hospital de Hall, mas não se tem certeza da causa dessas mortes.


A comprovação de que as vítimas morreram por injeções de veneno seria um fato novo, já que até agora não havia provas de que o programa de eutanásia nazista incluía esse método. Os especialistas já sabem que os corpos foram enterrados entre 1942 e 1945, mas ainda não puderam identificá-los.

Um comitê de especialistas foi formado para supervisionar o projeto de identificação e investigação dos registros hospitalares, previsto para durar dois anos. Os corpos foram encontrados na segunda-feira durante escavações para a construção de um prédio.

A Alemanha nazista, que anexou a Áustria nos anos 1930, adotou a política de assassinatos em massa de deficientes físicos e mentais em um esforço para erradicar aqueles que considerava inferiores. Estima-se que milhares de pessoas tenham morrido no Castelo de Hartheim, considerado o principal centro de eutanásia do regime.


Pelo menos 260 pacientes do hospital de Hall foram mortos até 1941, quando terminou o programa de eutanásia. Depois disso, foi aberta o que se acredita ter sido uma nova fase, na qual os pacientes morreram por negligência ou fome.

Documentos achados durante a reorganização dos arquivos do hospital mostram que a taxa de mortalidade dos pacientes subiu consideravelmente no final da guerra, apesar do fato de a instituição não ser oficialmente parte do programa de eutanásia.

A descoberta dos corpos pode ajudar a entender a maneira como a eutanásia, como uma política oficial, era na verdade descentralizada e, mesmo sem ordens do alto escalão, tornou-se sistemática em várias instituições psiquiátricas do Terceiro Reich.

- Um capítulo obscuro de nossa história deve ser cuidadosamente investigado e esclarecido - disse o governador do Tirol, Guenther Platter.

Fonte: Jornal O Globo

viernes, 3 de diciembre de 2010

A história do piloto russo Michail Gavrilov, desaparecido em 1942, encontrado intacto em um pântano russo 68 anos depois

Em Abril 1942 o Tenente russo Michail Gavrilov já era um piloto experiente. Havia participado de várias missões com seu IL-2, e abatido várias aeronaves alemãs. Condecorado por bravura em batalhas aéreas, tinha apenas 26 anos de idade, casado e com 1  filho.

As aeronaves Ilyushin IL-2 Sturmovik e seus pilotos são consideradas as que tiveram participação mais decisiva na Segunda Guerra Mundial, sendo cruciais para conter os avanços alemães no front soviético. Durante a Segunda Guerra foram fabricados mais de 36.000 IL-2, tornando-o o modelo de avião de guerra mais produzido da história. Sua cabine não era blindada, o que ressaltava ainda mais a coragem e heroísmo de seus ocupantes.
 
Ilyushin IL-2 Sturmovik, orgulho da aviação russa da Segunda Guerra

E aquele 30 de Abril de 1942 foi um dia comum no front soviético, novamente vencido pelos Sturmovik IL-2 e seus corajosos pilotos, que abateram 36 aviões alemães, e perderam apenas 9.

Porém, uma destas perdas permaneceu envolta em mistério durante décadas. O IL-2 de Gavrilov, após reportar uma situação de ataque a um acampamento inimigo na região de Demyannsk, simplesmente desapareceu. Os restos da aeronave nunca foram encontrados. Teria sido o avião capturado ? Teria Gavrilov desertado ?

Em Abril de 2010, um grupo de militar de sondagem que trabalhava na região encontrou um caça russo "enterrado" em um pântano , e após vários dias de escavação esclareceu mais um fragmento da História da Segunda Guerra Mundial:  O IL-2 de Gavrilov e seus restos mortais, extremamente bem conservados após 68 anos de espera.

Veja as fotos da escavação e os restos do avião


O Tenente Gavrilov ainda vestia sua Farda, Capacete e Botas de batalha, mas não estava com sua Identificação, Arma, Pára-quedas e nem Relógio, o que significa que o avião foi encontrado logo após abatido e saqueado.

 

A identificação do Tenente foi feita pelo Código do avião, Número de Série do motor e pelo fato de estar ocupando a cabine do piloto da aeronave.

 O potente motor depois de limpo. Perfeito estado de conservação

Hoje supõe-se que ao atacar o acampamento inimigo, o IL-2 de Gavrilov foi atingido por uma bateria anti-aérea, obrigando-o a fazer um pouso forçado.


A resposta se Gavrilov morreu durante o pouso ou se foi executado em solo pelos alemães será dada pelos peritos. Um triste fim para um importante membro da mais corajosa equipe de pilotos da Segunda Guerra.

O caso de Gavrilov não foi o único. Em 2008 o piloto Boris Lazarev foi encontrado em sua aeronave durante sondagens de uma empresa de Topografia. Os pântanos europeus possuem alta concentração de Tanino, que inibem a proliferação de bactérias. Por isto os corpos são naturalmente "mumificados", permanecendo intactos durante centenas de anos.
Veja a  foto do piloto retirado do fundo do pântano 65 anos após o acidente que o vitimou. 

lunes, 15 de noviembre de 2010

Livro revela motivo do assassinato dos filhos de Goebbels há 65 anos

O fim da familia Goebbels foi o desfecho mais trágico da ditadura mais brutal do século XX. De acordo com o historiador Peter Longerich, autor de uma nova biografia de Joseph Goebbels, o ministro da propaganda de Hitler, que será lançada na próxima semana na Alemanha pela editora Piper, o casal Goebbels resolveu assassinar os seus seis filhos, que tinham entre 12 e quatro anos de idade, antes de suicidar-se, porque sofria de uma forte dependência psiquica do ditador.

“Um mundo sem Hitler não é digno de vida" para os seus filhos, escreveu Magda Goebbels dois dias antes de assassiná-los. As crianças tinham sido até tema de um filme financiado pelo ministério da propaganda como o exemplo de crianças "tão puramente arianas". Apenas o filho do primeiro casamento de Magda, com o industrial Günther Quandt, Harald Quandt, sobreviveu ao fanatismo da mãe. Harald Quandt, da familia que hoje é proprietária da empresa automobilistica BMW, morreu em um desastre aéreo em 1967.

No dia primeiro de maio de 1945 Magda pediu ao médico Gustav Kunz que desse às crianças, que já estavam no bunker que abrigou os últimos dias do governo nazista, uma injeção de morfium. Em seguida, ela injetou na boca de cada uma (Helga, Hildegard, Helmut, Holdine, Hedwig e Heidrun) cianureto de potássio.

Segundo pessoas que conviveram com a familia Goebbels nos últimos dias, Helga, de 12 anos, estava profundamente desconfiada e teria suplicado à mãe para que poupasse a vida das crianças.


Mas enquanto Magda julgava que o mundo depois de Hitler não seria digno de vida para “crianças arianas”, Joseph Geobbels, que endeusava Hitler, a quem chamara, no seu diário, de “meio plebeu, meio deus”, queria que as crianças morressem também porque depois do suicidio de Hitler, um dia antes, a vida tinha perdido o sentido.

Fonte: Jornal O Globo, 15/11/10

Documentos mostram que EUA acobertaram fugitivos nazistas

A história secreta da operação caça-nazistas do governo dos Estados Unidos revela que os serviços de inteligência americanos criaram no país um verdadeiro porto seguro para oficiais do 3º Reich e seus aliados após a Segunda Guerra Mundial. De acordo com o jornal "The New York Times", um relatório de 600 páginas, compilado em 2006 por funcionários do Departamento de Justiça americano, mostra que notórios integrantes do regime de Adolf Hitler tiveram vistos de entrada nos Estados Unidos mesmo quando seu passado era conhecido.

Os documentos sugerem, ainda, que os americanos acobertaram esses oficiais durante as buscas tardias de mais de uma dúzia de fugitivos nazistas - como Joseph Mengele, o chamado Anjo da Morte de Auschwitz, cuja amostra de cabelo ficou guardada durante anos numa gaveta do Departamento de Justiça.


Décadas de confrontos com outras nações sobre o destino de criminosos de guerra nos EUA e no exterior vieram à tona, causando embaraço em Washington.

Desde 1979, 300 oficiais barrados

Segundo a reportagem, o Departamento de Justiça tentou ocultar por quatro anos o material que detalha os erros e acertos de advogados, investigadores e historiadores do chamado Escritório de Investigações Especiais (OSI, na sigla em inglês), órgão criado em 1979 para deportar fugitivos nazistas.

Há relatos de divisões dentro do governo americano sobre os esforços e implicações legais em confiar no testemunho dos sobreviventes do Holocausto. Uma das revelações mais contundentes, diz o "Times", é que o envolvimento da CIA com esses homens teria acontecido por acreditar que eles podiam prover informações de inteligência relevantes no pós-guerra.

"Os EUA, que se orgulhavam se ser um porto seguro para os perseguidos, transformaram-se, em alguma medida, num porto seguro para os perseguidores também", diz um trecho.

Mais de 300 nazistas foram deportados, tiveram sua cidadania cassada ou foram impedidos de entrar nos EUA desde a criação da OSI. No entanto, a descrição da ajuda a outros é contundente. Um dos beneficiados foi Otto Von Bolschwing, aliado de Adolf Eichmann, que ajudou a criar o plano para "limpar a Alemanha de judeus".

Memorandos da CIA mostram que, em 1954, agentes americanos questionavam o que fazer caso ele fosse confrontado sobre seu passado: "negar ou explicar com base em atenuantes". O Departamento de Justiça tentou deportar Von Bolschwing apenas em 1981 - ano em que morreu.

Outro acobertado pela inteligência foi o cientista alemão Arthur L. Rudolph, levado aos EUA em 1945 por sua experiência à frente da fábrica de munições de Mittelwerk, na Operação Clip de Papel, programa que recrutava cientistas da Alemanha nazista. Os documentos mostram altos oficiais americanos, em 1949, exigindo que a imigração permitisse a volta de Rudolph aos EUA após uma visita ao México "devido aos interesses nacionais".

Fonte: Jornal O Globo, 15/11/2010

viernes, 8 de octubre de 2010

A origem do Barao Vermelho


Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen foi, (e ainda é) considerado ainda hoje como o "ás dos ases". Foi um piloto de combate bem-sucedido, um líder militar e um ás do vôo que venceu oitenta combates aéreos durante a Primeira Guerra Mundial.

Richthofen foi conhecido na sua época como "der rote Kampfflieger" (guerreiro-voador vermelho) pelos alemães, Petit Rouge (pequeno vermelho) e Le Diable Rouge (diabo vermelho) pelos franceses, e Red Knight (Cavaleiro Vermelho) e Red Baron (Barão Vermelho) pelos ingleses.

Ainda em janeiro de 1917, ele tomou a decisão que lhe garantiria o apelido imortal. Como um gesto de desafio, von Richthofen decidiu pintar o seu biplano Albatros D.III completamente de vermelho, a fim de ser reconhecido facilmente pelo inimigo. Seus colegas de esquadrão ficaram preocupados, pois isso o tornava um alvo fácil para os adversários e decidiram também pintar seus aviões com a mesma cor. Mas Richthofen foi claro: O único completamente vermelho deveria ser o dele.


Para poder ter o direito de personalizar a pintura de seu avião, o piloto deveria provar ser um excepcional caçador, para se defender dos ataques que viriam. Mais tarde, o próprio Richthofen escreveria:

"Por alguma razão, um belo dia, eu tive a idéia de pintar meu avião de vermelho vivo. O resultado foi que absolutamente todos passaram a conhecer meu pássaro vermelho. Por sua vez, meus oponentes também não estavam completamente desavisados."

Surgia, assim, a lenda do "Circo Voador", apelido dado às coloridas aeronaves em razão de suas cores berrantes. Seus ensinamentos surtiriam efeito e sua unidade virou um ninho de ases: Ernst Udet (62 vitórias), Lothar von Richthofen (40 vitórias), Kurt Wolf (33 vitórias), Karl-Emil Schäfer (30 vitórias), Carl Allmenröder (30 vitórias), Hermann Göring (22 vitórias), Hans Klein (22 vitórias), Wilhelm Reinhard (20 vitórias) e vários outros.


Depois de sua 18ª vitória, von Richthofen recebeu o Pour le Mérite, a honraria militar mais elevada da Alemanha na época. Antes disso, em 23 de novembro de 1916, ele derrubou o ás da aviação britânico Lanoe Hawker, chamado as vezes de "o Boelcke Britânico". Isto aconteceu quando von Richthofen ainda voava num Albatros D.II. Entretanto, após esta batalha, foi convencido de que necessitava de um avião com maior manobrabilidade, embora isto implicasse uma perda de velocidade. Infelizmente para ele, o Albatros foi o avião padrão da Força Aérea Alemã até o fim de 1917, e o barão voou num Albatros modelo D.III e depois num D.V.. Em setembro daquele ano Richthofen estava pilotando um Fokker Dr. I, o avião triplano ao qual ficou mais associado e que foi projetado por Anthony Fokker. Entretanto, das 80 vitórias em combates aéreos, apenas 20 ocorreram quando o Barão utilizava o triplano. Após sua morte o seu corpo foi velado pelo exercito aliado mesmo sendo alemão ele recebeu todas as honras militares por sua grande atuação em combate e um exemplo a ser seguido.


domingo, 3 de octubre de 2010

Alemanha quita dívidas da 1ª Guerra Mundial após pagar últimas dívidas


Parece incrivel, mas passados 92 anos do fim da primeira guerra mundial, a Alemanha terminou esta semana de pagar as últimas "parcelas" restantes das indenizaçoes estabelecidas pelo Tratado de Versalhes, assinado em Paris, no mês junho de 1919. Em linhas gerais, o Estado alemão perdeu parte de seus territórios, zonas de exploração mineral e seus domínios coloniais. Além disso, as outras nações da Tríplice Aliança foram alvos de punição.


A Alemanha foi obrigada a devolver a região da Alsácia-Lorena para as mãos dos franceses. Os russos tiveram que reconhecer a independência da Polônia, que ainda foi agraciada com o corredor polonês (limite territorial que dava ao país uma saída para o mar). As colônias alemãs no continente africano foram divididas entre Inglaterra, Bélgica e França. Os outros domínios na região do Pacífico foram partilhados pelo Japão e Inglaterra.

Trata-se de um pagamento de 69,9 milhões de euros que se encontram refletidos no ponto 2.1.1.6 do orçamento do Estado para 2010, cumprindo assim o Tratado de Londres de 1953 e que não podia ser abonado antes que o país recuperasse sua unidade e soberania.

O pagamento dos consertos de guerra que as potências aliadas vencedoras estabeleceram no Tratado de Versalhes de 1919 após o grande conflito bélico ficou em suspenso pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial por ordem do regime nacional-socialista de Adolf Hitler.

Após 1945 a República Federal da Alemanha assumiu a continuidade do pagamento de uma grande parte da dívida acumulada pelos consertos de guerra, que abonou em sua totalidade até o ano 1983.

No entanto, o Tratado de Londres estabelecia que o abono de um total de 125 milhões de euros para o pagamento dos juros de empréstimos estrangeiros ficariam em suspenso até a reunificação da Alemanha, que aconteceu em 3 de outubro de 1990.

O abono das últimas dívidas pelos consertos de guerra foi retomado em 1996 e seu último prazo de pagamento encerrou oficialmente este domingo, data na qual pode dar-se por concluída, pelo menos financeiramente, a Primeira Guerra Mundial para a Alemanha.

O Tratado de Versalhes de 1919 exigiu da Alemanha o pagamento de 20 bilhões de marcos de ouro até abril de 1921 como primeiras reparações de guerra, número que aumentou para 296 bilhões de marcos de ouro a pagar em 42 anos após a Conferência de Boulogne de junho de 1920.

No entanto, em anos posteriores e após diferentes conferências para exigência do pagamento de reparos de guerra à Alemanha por parte dos aliados, variou várias vezes mais e se viu afetado pela fortíssima inflação que o país sofreu em meados dos anos 20.

Após a suspensão do pagamento dos reparos pelos nazistas e o fim da Segunda Guerra Mundial, o Tratado de Londres de 1953 reduziu pela metade a dívida alemã e até 1983 a República Federal da Alemanha abonou 14 bilhões de marcos para compensar os danos causados no conflito bélico.

No entanto, o pagamento dos juros no total de 251 milhões de marcos para os anos 1945 a 1952 foi adiado na capital britânica até que a Alemanha voltasse a ser um país unificado.

lunes, 20 de septiembre de 2010

A Batalha de Los Angeles


Em 25 de fevereiro de 1942, ocorreu um dos mais impressionantes casos ufológicos da história, tendo como testemunhas diretas milhares de pessoas na região de Los Angeles, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos.

Após o ataque japones à Peal Harbor, a Segunda Guerra torna-se de fato mundial, com o envolvimento de todos os continentes. Nos Estados Unidos decretou-se estado de guerra, iniciando-se o treinamento e embarque de soldados para os chamados Teatros de Guerra. Foram estabelecidos sistemas de defesa aérea e naval, para impedir quaisquer operações militares sobre os Estados Unidos. Uma destas defesas consistiam no estabelecimento de vários postos de defesa munidos com canhões antiaéreos. Para operação noturna foram disponibilizados potentes holofotes permitindo a contínua operação destas armas. A defesa naval, por sua vez, utilizava as ilhas de San Miguel, Santa Rosa, Santa Cruz, Santa Catalina e San Clemente como base apoio.

Todo essa força bélica, e milhares de soldados operando estes equipamentos nada puderam fazer durante o misterioso episódio ocorrido nas primeiras horas da madrugada de 25 de fevereiro de 1942. Milhares de moradores da região acordaram com sirenes ou com os disparos do Grupo de Defesa Aérea. Calcula-se que em toda a região haviam aproximadamente 12 mil residências onde os moradores, apavorados, testemunharam o impressionante episódio. No dia seguinte moradores, militares e governantes estavam assustados. Depois de milhares de disparos direto contra o alvo localizado, nada foi derrubado. Vários automóveis e residências danificados por estilhaços dos disparos. Três pessoas morreram atingidas por estes estilhaços e outras três morreram por ataques cardíacos.

As autoridades militares não sabiam o que informar à população. Ocorreram várias declarações, conflitantes entre si, mas o mistério permaneceu. Até hoje não se tem uma estimativa exata do numero de objetos envolvidos no incidente. Algumas pessoas declaram terem observado um único objeto que voaria a aproximadamente 300 Km por hora. Outros afirmaram que eram vários objetos luminosos. Houve quem afirmou ter visto várias esquadrilhas com objetos de tamanhos variados sobrevoando a região. Torna-se difícil, hoje em dia separar relatos sérios de afirmações embaladas na histeria daquele dia. Houveram também depoimentos a respeito de aeronaves de caça do 4º Esquadrão de Interceptação teriam decolado para repelir os invasores. Os militares, entretanto negaram este afirmação.

Depois de inúmeras contradições, os militares afirmaram que o episódio originou-se em uma operação coordenada do Japão, através de aeronaves, com o apoio de um submarino, com o objetivo de causar medo e diminuir o moral do país na guerra, encerrando a questão por aí. Eles citaram inclusive um possível ataque de um submarino em 23 de fevereiro em uma instalação de armazenamento de óleo nas proximidades de Santa Bárbara. Entretanto, se observarmos todos os detalhes referentes ao estranho episódio conclui-se que tal desculpa é inconsistente.

A chamada Batalha de Los Angeles começou na noite de 24 de fevereiro quando várias pessoas identificaram estranhos objetos luminosos nos céus. Algumas pessoas entraram em contato com a Brigada de Artilharia Costeira, responsável pela defesa aérea na região. Os objetos foram captados por radares e acompanhados detidamente pelos militares. Estes objetos adotaram uma formação em V, padrão utilizado por aeronaves militares. Em função disso, por volta das 2:25 hs foram acionadas as sirenas de alerta para ataques aéreos. Foi ordenado um blackout em toda a região e os holofotes foram ligados. Pilotos de combate foram posicionados para decolarem quando fosse necessário.

Às 3:16 hs, a 37º Brigada de Artilharia Costeira identificou os OVNIs e começou a disparar contra eles, utilizando dezenas de baterias antiaéreas com munição 12.8 libras. Foram efetuados 1440 disparos até por volta das 4:14 hs. Os objetos deslocaram-se da região de Santa Monica para Long Beach, percorrendo todo o trajeto em 20 minutos. O blackout e o alerta somente foram retirados às 7:21 hs.

No dia 26, os jornais de todo o país estamparam a notícia do alarme ocorrido em Los Angeles e publicaram numerosos depoimentos de testemunhas, inclusive de repórteres locais que testemunharam todo o episódio. Bil Henry, do Los Angeles Times declarou: "Eu estava muito longe do local, sem poder identificá-lo. Eu aposto que havia numerosos disparos sobre o objeto". Peter Jenkins, do Los Angeles Herald Examiner, declarou: "Eu podia ver claramente a formação em V, de cerca de 25 aeronaves prateadas movendo-se lentamente sobre Long Beach".

As tentativas de explicação

Diante de tanta exaltação pública, o então secretário da Marinha, Frank Knox, convocou uma coletiva de imprensa onde afirmou que todo o episódio tratou-se de um alarme falso ocasionado por tesão de guerra. Alguns jornalistas presentes não aceitaram a explicação e suspeitaram que algum tipo de acobertamento estava ocorrendo. No editorial do jornal Long Beach Independent, lia-se: "Existe uma misteriosa reticência envolvendo o assunto e parece haver alguma forma de censura que está tentando segurar as discussões sobre o fato".

No dia seguinte, o Secretário de Guerra, Stimson declarou que haviam 15 aeronaves não identificadas envolvidas, deslocando-se a 300 km por hora, mas que nenhuma delas foi abatida. Ele afirmou que seu objetivo era impor o medo e baixar a moral do povo americano. Como os mares eram constantemente vigiados tanto por navios de guerra quanto por aeronaves, a possibilidade de tratar-se de um ataque a partir de Porta-Aviões estaria descartada. Especulou-se então que os japoneses teriam embarcado aviões no submarino observado em Santa Barbara, que teriam decolado e realizado sobrevoos em Los Angeles provocando todo o alerta. Se levarmos em conta os fatos chegamos à conclusão de que esta explicação é infundada. Primeiro vamos avaliar a possibilidade de cada uma das diferentes versões levantadas pelas autoridades militares americanas à época do fato.

A hipótese mais difundida pelos militares dos Estados Unidos é a de uma operação japonesa em larga escala com o intuito de espalhar o terror e afetar o moral americano.

Podemos começar nos questionando o que causaria mais terror em uma população em tempos de guerra?

Seriam aeronaves desconhecidas sobrevoando suas cabeças sem realizar ações de ataque, ou aeronaves desconhecidas bombardeando cidades supostamente seguras?

Com certeza a segunda possibilidade seria a mais aterrorizante. Então nada justifica uma ação japonesa desta natureza, em um território inimigo, sem qualquer tipo de apoio, e sem que exista qualquer benefício posterior de tal ofensiva. Mas supondo que os militares japoneses optassem por realmente realizar uma ação não destrutiva em território americano. O meio mais rápido, fácil e eficiente seria através de Porta-Aviões que transportariam todo o pessoal necessário, combustível e demais equipamentos necessários para este tipo de operação. A autonomia dos caças japoneses da época não permitiria um voo direto a partir da base mais próxima, muito menos um sobrevoo e posterior retorno, sendo assim o uso de uma base aeronaval móvel seria indispensável. Levando-se em conta o fator estratégia de guerra, um Porta Aviões, devido à sua importância, jamais navega sozinho. Sempre existe um comboio de proteção. Em uma região constantemente patrulhada e vigiada por americanos, um comboio desta natureza não passaria desapercebido. Além disso, tamanha força de combate é mobilizada quando existe importância estratégica, ou seja, causar o máximo de prejuízos ao inimigo. Como vimos, o evento de Los Angeles não se enquadra nessa categoria.

Segundo o governo americano o ataque teria sido realizado a partir de um submarino japonês que no dia 23 teria atacado ao norte de Los Angeles. Durante a SGM, o Japão inovou e construiu uma nova classe de submarinos capazes de transportar entre um e três hidroaviões de ataque. O primeiro deles começou a operar militarmente em 21 de novembro de 1941 e transportava apenas uma única aeronave, modelo Yokosuka E14Y. No ataque do dia 23, apenas um unico submarino foi detectado, não havendo quaisquer indícios de outros submarinos na área. Se levarmos em conta o registro por radar de vários objetos desenvolvendo velocidades que variavam de 0 (estático) à 320 Km/h, e os inúmeros depoimentos de testemunhas que relataram a presença de vários objetos, podemos, podemos excluir um possível ataque japonês. Além disso temos o fato que após intenso fogo antiaéreo nada foi abatido, mesmo tendo sido visualmente atingido pelos disparos.

Uma segunda hipótese bastante difundida é referente aos balões Fugos engenhosamente utilizado pelos japoneses em ataques à grandes distâncias. Este tipo de balão transportava uma carga explosiva combinando minas, hidrogênio e dispositivos incendiários. Eles utilizavam uma corrente de ar, em altas altitudes que os transportavam para leste. Vários destes balões caíram em território americano, mas os danos causados foram mínimos. Aqui também podemos nos questionar sobre a ausência de destroços do alegado balão. Nada foi encontrado que reforçasse a idéia ter ocorrido um ataque com o uso de um Fugo.

A terceira hipótese e a mais correta é a de que se trata realmente de um objeto voador não identificado (OVNI), pois até hoje a natureza deste objeto é desconhecida.

O que permanece é o grande mistério sobre a origem do insólito objeto. Não era avião japonês e não era balão. Na famosa fotografia obtida na ocasião observa-se um objeto claramente discóide iluminado pelos holofotes. Tal objeto foi intensamente alvejado e saiu absolutamente ileso como que a zombar de nossas capacidades bélicas da época. Os governantes ficaram impressionados gerando o embrião do que mais tarde viria a ser conhecido como política de acobertamento.

Fonte: Site Fenomenum

Foo fighter

Este post nao é sobre a banda americana Foo Fighters. Aqui o assunto é outro. Foo Fighter (do francês foo gíria para fogo e do inglês fighter referência aos caças: Caça de fogo) é um termo utilizado durante a Segunda Guerra Mundial para descrever o fenômeno onde uma ou mais esferas luminosas alaranjadas eram avistadas por pilotos perseguindo ou acompanhando seus aviões. Alguns pilotos aliados achavam que poderia ser uma espécie de arma psicológica dos alemães, que visava atordoar e confundir os pilotos.


Terminada a guerra, a hipótese de arma nazista foi descartada. Na verdade, os Foo fighters também importunavam os alemães. O assunto era tratado com tanta seriedade pela alto comando da Luftwaffe que em 1944 foi criada a "Base Especial nº 13" (Sonderbüro Nr. 13), um projeto secreto de investigações, que se ocultava sobre o nome de "Operação Uranus", e tinha o objetivo de recolher, avaliar e estudar os relatórios de observações dos pilotos sobre estranhos objetos voadores que apareciam perto dos aviões alemães.

Supõe-se que os alemães começaram a ver estes estranhos objetos desde 1943, onde os relatórios começaram a chegar no Estado Maior Superior do Exército do Ar da Alemanha. A criação deste projeto de pesquisa secreto pelo alto comando militar alemão prova que os Foo fighters eram um mistério a ser desvendado também para os nazistas.

Foram criadas várias teorias para o fenômeno, inclusive de supostas aparições extraterrestres. Um tipo de descarga elétrica das asas dos aviões (veja Fogo de São Telmo) tem sido sugerido como uma explicação. Outra teoria supõe que as esferas avistadas pelos pilotos eram Raios globulares, mas até hoje não foi encontrado nenhuma explicação satisfatória.

domingo, 12 de septiembre de 2010

Seis décadas após Holocausto, judaísmo floresce na Alemanha

Em clima de festa tomou conta das cinco sinagogas de Berlim nos últimos dias, por ocasião do Rosh Hashaná, a celebração do ano novo judaico, entre quarta e quinta-feira. Segundo reportagem da correspondente Graça Magalhães-Ruether para a edição do GLOBO deste domingo, sessenta e cinco anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, a cultura judaica volta a florescer na Alemanha com a chegada em massa de judeus. Diferentemente dos anos 1960 e 1970, quando a migração judaica dirigia-se sobretudo a Israel, a preferência dos judeus da Europa Oriental tem se dividido, nos últimos anos, entre a Terra Prometida e a Alemanha. Só da antiga União Soviética chegaram cerca de 200 mil desde a queda do Muro de Berlim. Hoje, 85 cidades alemãs contam com sinagogas - e só Berlim e Munique, juntas, contam com 16 templos.

Para alguns judeus mais velhos, com a festa da semana passada parecia que a roda da História havia girado, e o judaísmo era vivido na capital alemã como foi até 1933, quando viviam na cidade 120 mil judeus, integrando as elites artística, científica e intelectual, como o filósofo Walter Benjamin e o físico Albert Einstein.

- O judaísmo voltou a florescer não só em Berlim, mas em toda a Alemanha - celebra Maja Zeder, porta voz da comunidade judaica de Berlim, filha de judeus da Ucrânia.

Até 1933, viviam na Alemanha meio milhão de judeus. Apenas pouco mais de 20 mil sobreviveram ao regime nazista. Depois de 1945, viviam no país sobretudo judeus em trânsito à espera de uma chance de ir para Israel. As pequenas comunidades judaicas que começaram a se organizar, ao longo das décadas, chamavam a atenção, mas muitos de seus membros eram criticados por quem decidiu partir por viverem na Alemanha.

Maioria dos recém-chegados veio da antiga URSS
A situação começou a mudar com a abertura do regime comunista da antiga União Soviética. Depois de um acordo fechado pelo chanceler federal Helmut Kohl e o líder soviético Mikhail Gorbachov, os judeus soviéticos passaram a ter permissão para emigrar para a Alemanha. Com a oferta de ajuda financeira e o sonho de uma vida melhor, sem discriminação, houve uma evasão em massa.

Hoje, 80% dos judeus da Alemanha vêm da antiga URSS, o que causou uma revolução cultural para os próprios judeus alemães. Com os imigrantes do leste, surgiram também novos hábitos e uma nova cultura, com mais ortodoxos e até ultraortodoxos. Em comum com os outros imigrantes, os judeus têm apenas o fato de ter de aprender o alemão - 99% desses imigrantes têm formação universitária, o que torna mais fácil a integração no mercado de trabalho e na sociedade local.

Fonte. Jornal O Globo, 12sep10.

lunes, 23 de agosto de 2010

Sangue, Suor e Lágrimas


Este refrao, tao conhecido em nosso cotidiano, surgiu na Segunda Guerra Mundial e seu autor nao foi ninguem menos que o Primeiro Ministro Britânico, Winston Churchill.

A Inglaterra declara guerra à Alemanha, dois dias depois da invasão da Polônia. Chamberlain capitula, convoca Churchill para ocupar o seu velho posto à frente do Almirantado. A marujada vibra: "Winnie está de volta !". O ânimo do país volta a esquentar, grande repercussão internacional, congratulações da Casa Branca com a assinatura de "um homem do mar" -- Franklin Roosevelt. Ponto de encontro de vidas paralelas, costura-se a parceria decisiva.

O moral elevado da Marinha não afeta a "guerra sentada" que se trava na frente francesa. Abril de 1940, os aliados não conseguem evitar a invasão da Dinamarca e da Noruega que controlam a saída da frota alemã pelo Báltico. Fracassam duas expedições anfíbias inglesas em Narvik e Trondheim, o fantasma de Galllipoli reaparece no Parlamento, desta vez o culpado pelo fiasco é Chamberlain. Maio, nova blitz alemã, caem o Luxemburgo, Holanda, Bélgica e a Wehrmacht está diante da fronteira desguarnecida da França.

Chamberlain renuncia, ainda tenta indicar um sucessor que não seja Churchill. Inútil, o único político que merece a confiança dos trabalhistas -- apesar do seu passado reacionário -- é Churchill, comprometido vitalmente com a causa anti-hitlerista.

Estréia no Parlamento como Primeiro Ministro e inaugura o ciclo dos memoráveis discursos de guerra: ":

"Não tenho nada a oferecer-vos senão sangue, trabalho, suor e lágrimas...".

O gabinete de coalizão (no qual exerce também a pasta da Defesa), inclui três trabalhistas, um deles é o poderoso líder sindical, Ernest Bevin. Fica garantido o esforço de guerra e a paz social. O estadista-historiador sabe que é preciso sacrificar as questões menores no altar da vitória final. Leva ao Parlamento uma lei de emergência que coloca todas as pessoas, serviços e propriedades a serviço da Coroa. Puro socialismo. Mais tarde, quando escreverá a história da segunda guerra mundial, enunciará a sua fórmula:

"Na guerra, determinação; na derrota, resistência; na vitória, magnanimidade; na paz: boa-vontade."

miércoles, 7 de julio de 2010

A última foto de Adolf Hitler

Esta foto é considerada a última imagem de Hitler em vida, tirada provavelmente dois dias antes de sua morte, em 30 de abril de 1945.

Na imagem podemos ver Hitler do lado de fora de seu bunker, avaliando os danos causados pelos bombardeios aliados em Berlim. Com a Alemanha em ruínas após 6 anos de uma dura guerra, e com o avanço das tropas soviéticas sobre Berlim, Hitler decidiu tirar sua própria vida. Antes de fazê-lo, ele se casou com Eva Braun, e em seguida, ditou seu testamento à sua secretária, Traudl Junge.

Em 30 de abril de 1945, Eva Braun e Adolf Hitler, se despediram de suas secretárias, auxiliares e oficiais mais próximos, e se retiraram aos seus aposentos. No final da mesma tarde, após escutar um disparo, seu assistente pessoal os encontrou mortos sentados no sofá.

Eva Braun havia tomado ciaruneto enquanto Hitler, além de ingerir o mesmo veneno, deu um tiro na cabeça, com certeza para garantir uma morte segura.

miércoles, 23 de junio de 2010

Morre enfermeira da Segunda Guerra famosa por foto de beijo em Nova York

LOS ANGELES - Uma enfermeira que ficou famosa por uma foto na qual aparecia beijando um marinheiro americano na Times Square, em Nova York, em 1945, comemorando o fim da Segunda Guerra Mundial, morreu aos 91 anos, informou sua família na terça-feira. Registrada pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt, a foto do V-J Day (Dia da Vitória sobre o Japão) em que Edith Shain aparece vestida de branco marcou o que é considerado um momento épico na história dos Estados Unidos e se tornou um ícone do fim do confronto após ser publicada na revista "Life".

A identidade da enfermeira na foto não era conhecida até o final dos anos 1970, quando Edith escreveu ao fotógrafo dizendo que ela era a mulher da foto tirada no dia 14 de agosto na época em que trabalhava em um hospital da cidade de Nova York. A identidade do marinheiro, que continua desconhecida, ainda é alvo de especulações.

A foto também marcou a vida de Edith. A fama conquistada com a imagem lhe trouxe convites para eventos ligados à guerra, como colocar grinaldas em túmulos, participar de paradas e outras comemorações. A enfermeira, que morreu em sua casa de Los Angeles, no domingo, deixa três filhos, seis netos e oito bisnetos.

"Minha mãe sempre estava disposta a enfrentar novos desafios, e cuidar dos veteranos da Segunda Guerra Mundial lhe dava energia para aceitar outra chance de fazer a diferença", disse seu filho Justin Decker em comunicado.

Fonte: Jornal O Globo, 23/06/10

jueves, 17 de junio de 2010

Stephen E. Ambrose

Stephen Edward Ambrose (1936-2002) foi um escritor americano e é considerado um dos maiores autores de livros sobre a segunda guerra mundial

Ao longo da sua carreira, Ambrose lecionou história em várias universidades, desde 1960 até aposentar-se em 1995, tendo passado grande parte do seu tempo na Universidade de Nova Orleans. Nesta cidade, Ambrose foi igualmente diretor emérito do Centro Eisenhower e fundou o Museu Nacional do Dia-D.

Com diversas obras publicadas sobre a história norte-americana, dentre elas a conquista do Oeste, a construção da estrada de ferro transcontinental, ganhou fama especialmente com os livros sobre a 2ª Guerra Mundial, destacando-se os best-seller D-Day, Citizen Soldiers e The Victors, bem como Band of Brothers.

Foi conselheiro militar no filme O Resgate do Soldado Ryan e foi o produtor executivo na mini-série televisiva baseada no seu livro, Band of Brothers.

Eisenhower, admirando o seu trabalho, escolheu Ambrose como biógrafo, o que resultou num entusiasmo geral pela sua biografia, contendo no entanto várias críticas ao antigo comandante supremo das forças aliadas durante a Segunda Guerra Mundial e presidente dos Estados Unidos da América entre 1953 e 1961.

Stephen Ambrose era um fumante inveterado. O escritor morreu de câncer no pulmão em 13 de Outubro de 2002, aos 66 anos, e foi sepultado no Cemitério "Garden of Memory" em Bay St. Louis, Mississippi.

Obras

- Eisenhower and Berlin, 1945: The Decision to Halt at the Elbe (1967)

- The Papers of Dwight David Eisenhower, Vols. 1-5 (1967)

- The Supreme Commander: The War Years of General Dwight D. Eisenhower (1970)

- General Ike: Abilene to Berlin (1973)

- Crazy Horse and Custer (1975): The epic clash of two great warriors at the Little Bighorn

- Ike's Spies: Eisenhower and the Espionage Establishment (1981)

- Eisenhower: Soldier, General of the Army, President-Elect, 1890-1952 (1983)

- Eisenhower: The President (1985)

- Nixon: The Education of a Politician 1913-1962 (1987)

- Pegasus Bridge (1988) ISBN 0671671561

- Nixon: The Triumph of a Politician, 1962-1972 (1989)

- Nixon: Ruin and Recovery 1973-1990 (1990)

- Eisenhower: Soldier and President (1990)

- Eisenhower and the German POWs: Facts Against Falsehood (1992)

- Band_of_Brothers

- D-Day June 6, 1944: The Climactic Battle of World War II (1994)

- Undaunted Courage and the Opening of the American West (1996)

- Citizen Soldiers (1997)

- The Victors: Eisenhower and His Boys: The Men of World War II (1999)

- Nothing Like it in the World(2000)

- The Wild Blue : The Men and Boys Who Flew the B-24s Over Germany 1944-45

- To America: Personal Reflections of an Historian (2002)

miércoles, 9 de junio de 2010

Falece Maurice Chauvet, veterano francês da Segunda Guerra Mundial

(1918-2010)

Faleceu no último dia 21 de maio em Paris, de causas naturais aos 91 anos de idade, o veterano do Comando Kieffer, Maurice Chauvet.

Nascido em Le Gâvre, na Bretanha, Chauvet era aluno de artes quando irrompeu a Segunda Guerra Mundial, e ele imediatamente alistou-se na Marinha. Feito artilheiro no cruzador George Leygues, Chauvet inicialmente patrulhou o Atlântico à procura da Kriegsmarine. Após a invasão da França em maio de 1940, ele tentou juntar-se às forças navais em fuga da França Livre, mas não conseguiu e recebeu de Vichy uma condenação a dez anos de trabalhos forçados por deserção. Chauvet então tentou fugir para a Inglaterra via Espanha, mas foi capturado pela guarda civil espanhola e levado para o notório campo de concentração de Miranda de Ebro, no norte do país, onde permaneceu por 18 meses. Fugindo do campo, ele finalmente conseguiu chegar à Inglaterra em 6 de junho de 1943.

Chauvet alistou-se nas Forças Navais da França Livre, sendo enviado para duro treinamento na Escócia, onde comandos de diversos países europeus ocupados estavam sendo preparados para missões clandestinas. Chauvet lembrou-se que em muitas vezes treinou sob fogo real dos instrutores, o que causou muitas mortes precipitadas entre os aprendizes. Foi lá que Chauvet desenhou o emblema dos Fuzileiros Navais Franceses, um navio com uma adaga, ainda usado em suas boinas verdes atualmente. Ao completar o treinamento, ele tornou-se membro do Comando Kieffer, uma pequena unidade de fuzileiros navais sob comando do Comandante Philippe Kieffer.

Às 7:31h de 6 de junho de 1944, os 177 fuzileiros franceses de Kieffer desembarcaram na praia Sword, formando a extrema-esquerda da Operação Overlord. O comandante inglês da área, Lord Lovat, permitiu que os franceses fossem os primeiros a desembarcar em sua terra. Sob pesado fogo alemão, Chauvet e os outros rapidamente fizeram seu caminho até a Ponte Pegasus, fazendo a ligação com os paraquedistas que a haviam tomado na madrugada. Sobrepujando as metralhadoras e lança-chamas, Chauvet então capturou a cidade de Ouistreham, um dos objetivos principais da força de desembarque de Sword. Cinco dias depois do desembarque, ele foi seriamente ferido e evacuado para a Inglaterra, permanecendo em recuperação até o fim da guerra.

O pequenino Comando Kieffer foi a única unidade francesa a participar dos desembarques do Dia-D, porque os Alto-Comando Aliado não confiava em Charles De Gaulle com os planos de invasão. Os fuzileiros receberam de um almirante francês a permissão para desembarcar, e De Gaulle não foi informado. Mais tarde, ele negou aos homens de Kieffer a Ordem da Liberação alegando que eles eram "tropas britânicas".

Nicolas Sarkozy cumprimenta Maurice Chauvet em maio de 2008.

Após a guerra, Chauvet trabalhou como artista e cineasta, e suas lembranças da batalha na Normandia foram extensivamente usadas na produção de "O Mais Longo dos Dias", no qual ele foi creditado como consultor técnico. Contudo, ele desentendeu-se com a produção, dizendo que ela estava "glamourizando" o Dia-D nas telas ao invés de mostrar a sombria realidade dos combates. Em 8 de maio de 2008, em Ouistreham, o presidente Nicolas Sarkozy cumprimentou os antigos "boinas verdes" e condecorou Chauvet com o grau de Oficial da Legião da Honra.

Fonte: Blog Sala de Guerra

jueves, 27 de mayo de 2010

Bomba da Segunda Guerra obriga evacuação de 9 mil pessoas em Berlim

Uma bomba da Segunda Guerra Mundial foi encontrada na noite desta quarta-feira na região de Berlim, e obrigou a evacuação de cerca de nove mil pessoas que estavam em imóveis próximos.

O artefato, que pesa aproximadamente 500 quilos, é de fabricação americana, e foi encontrado por funcionários de obras de canalização no distrito de Zehlendorf.

Durante mais de seis horas, as forças de segurança evacuaram todos os edifícios em um raio de 500 metros. A maior parte dos moradores se abrigou em casas de familiares e amigos, mas cerca de mil deles foram atendidos em uma estrutura provisória.

Por ano, a Polícia de Berlim recolhe e desativa entre 25 e 40 toneladas de bombas, granadas e outros tipos de munição e armamento da Segunda Guerra que ficaram enterrados no subsolo da cidade.

O Senado de Berlim acredita que o subsolo da capital alemã tem ainda cerca de três mil bombas aéreas de 250 quilos cada.

Fonte: Noticias UOL. 27 de maio de 2010

martes, 25 de mayo de 2010

A Batalha de Iwo Jima (Operação Detachment) foi travada entre os Estados Unidos e o Japão, entre fevereiro e março de 1945, durante a Guerra do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial. Como resultado da batalha, os EUA ganharam controle da ilha de Iwo Jima e os campos aéreos localizados nessa mesma ilha.

O combate foi intenso, em parte devido à preparação japonesa, e as tropas norte-americanas capturaram o ponto mais elevado da ilha, o Monte Suribachi, perdendo 6.812 homens. O motivo para a invasão de Iwo Jima era capturar os seus campos aéreos de modo a fornecer um local de aterragem e de reabastecimento para os bombardeiros norte-americanos no avanço para o Japão, enquanto também tornava possível a escolta dos bombardeiros por caças.

A imagem mais famosa desta batalha é o hasteamento da bandeira norte-americana pelos marines no cume do Monte Suribachi, que é a foto principal deste post.

Dois hasteamentos

Na verdade, ocorreram dois hasteamentos da bandeira, ambos registrados pelo fotógrafo Joe Rosenthal, que faleceu em agosto de 2006. O tenente-coronel em comando ordenou que fosse feito um segundo hasteamento, dessa vez com uma bandeira maior, para que ficasse mais visível para todos. A segunda bandeira tinha cerca do dobro do tamanho da usada no primeiro hasteamento.

foto original tirada por Joe Rosenthal

A foto do segundo hasteamento acabou se tornando uma das imagens mais famosas da Segunda Guerra Mundial e a mais bem explorada pela propaganda de guerra. A cena foi reproduzida em inúmeros cartazes e selos comemorativos. Essa foto rendeu um prêmio Pulitzer, o "Oscar" do jornalismo norte-americano, para Rosenthal. Fato semelhante na Segunda Guerra Mundial ocorreria no dia 30 de abril daquele ano: durante a batalha de Berlim, os soldados soviéticos hastearam duas vezes a bandeira da União Soviética no prédio do Reichstag (foi feito um segundo hasteamento porque o primeiro não havia sido fotografado).

Seis soldados participaram do hasteamento, mas na foto um deles não está visível. Três dos soldados que participaram do evento acabaram morrendo durante combates em Iwo Jima. Segundo relatos de veteranos, a bandeira hasteada elevou a moral dos combatentes norte-americanos na ilha. O fato foi comemorado, mas a batalha ainda estava longe do fim.

lunes, 17 de mayo de 2010

Coquetel Molotov

O coquetel molotov é uma arma incendiária geralmente utilizada em protestos e guerrilhas urbanas. A sua composição mais frequente inclui um líquido inflamável, geralmente petróleo ou gasolina e eventualmente um agente que melhora a aderência do combustível ao alvo, misturados no interior de uma garrafa de vidro, e pano embebido do mesmo combustível na mistura de pavio.

O nome deriva de um diplomata russo Vyacheslav Mikhailovich Molotov, e foi atribuído, por ironia, pelos finlandeses durante a invasão soviética na Guerra de Inverno em 1939. O Comissário de Relações Exteriores afirmou em programas de rádio que os soviéticos não estavam jogando bombas sobre os finlandeses, e sim lhes fornecendo alimentos. Esses últimos passaram a chamar as bombas de "cestas de pão de Molotov". e a denominar suas bombas artesanais de "Coquetel Molotov"

viernes, 14 de mayo de 2010

As medalhas de guerra da FAB

Cruz de Bravura

Medalha destinada a missões de guerra, criada pelo Decreto-Lei nº 7.454, de 10 de abril de 1945, alterada pelo Decreto-Lei nº 8.901, de 24 de janeiro de 1946, e regulamentada pelo Decreto nº 20.497, de 24 de janeiro de 1946.

Esta medalha é destinada a militares da ativa e da reserva da Aeronáutica que tenham se distinguido por ato excepcional de bravura. Até hoje, a “Cruz de Bravura” foi concedida a cinco Oficiais-Aviadores brasileiros que morreram na Campanha da Itália, atacando objetivos militares: Capitães-Aviadores Luiz Lopes Dorneles, Aurélio Vieira Sampaio e João Maurício Campos de Medeiros, Primeiro-Tenente-Aviador John Richardson Cordeiro e Silva e Segundo-Tenente-Aviador (RC) Frederico Gustavo dos Santos.

Cruz de Sangue
Medalha destinada a missões de guerra, criada pelo Decreto-Lei nº 7.454, de 10 de abril de 1945, alterada pelo Decreto-Lei nº 8.901, de 24 de janeiro de 1946, e regulamentada pelo Decreto nº 20.497, de 24 de janeiro de 1946. São agraciados com a “Cruz de Sangue” os militares da Força Aérea Brasileira ou civis brasileiros que sirvam na FAB e que desempenharam com eficiência as missões de guerra e foram feridos em ação contra o inimigo. Esta medalha foi concedida a 13 Oficiais-Aviadores brasileiros, entre aqueles que participaram da Campanha da Itália.

Cruz de Aviação "Fita A" e "Fita B"
Entre os Oficiais que realizaram missões de guerra na Itália como pilotos, a “Cruz de Aviação” com uma palma foi concedida a um Oficial-Aviador; a de três estrelas, a 13 Oficiais-Aviadores; a de duas estrelas, a sete Oficiais-Aviadores; a de uma estrela, a 21 Oficiais; e a simples, a 16 Oficiais-Aviadores, de acordo com o número de missões de guerra realizado.

Sentindo a necessidade de distinguir também os Oficiais-Aviadores que realizaram missões de patrulhamento contra submarinos no litoral brasileiro, durante a Segunda Guerra Mundial, o Governo instituiu a “Fita B” para a “Cruz de Aviação”, em 1947.

Assim, a distinção passou a ser usada com a “Fita A” ou “Fita B”, de acordo com a missão desempenhada: na Itália ou no litoral brasileiro.


Medalha da Campanha da Itália
Medalha destinada a missões de guerra, criada pelo Decreto-Lei nº 7.454, de 10 de abril de 1945, alterada pelo Decreto-Lei nº 8.901, de 24 de janeiro de 1946, e regulamentada pelo Decreto nº 20.497, de 24 de janeiro de 1946.

Foi concedida a militares da ativa e da reserva que tenham prestado bons serviços na Campanha da Itália, sem nota que os desabone.


Cruz de Serviços Relevantes
Medalha destinada a missões de guerra, incluída pelo Decreto-Lei nº 8.901, de 24 de janeiro de 1946. Essa condecoração nunca foi conferida, mas é destinada aos Oficiais da ativa, da reserva e reformados e civis que tenham prestado serviços relevantes de qualquer natureza, referentes ao esforço de guerra, preparo e desempenho de missões especiais confiadas pelo Governo, dentro ou fora do País.

Medalha da Campanha do Atlântico Sul
Criada pela Lei nº 497, de 28 de novembro de 1948, e regulamentada pelo Decreto nº 26.550, de 4 de abril de 1949. A “Medalha da Campanha do Atlântico Sul” foi entregue a militares da ativa, da reserva e reformados e civis que se distinguiram na prestação de serviços relacionados com a ação da Força Aérea Brasileira no Atlântico Sul, no preparo e desempenho de missões especiais confiadas pelo Governo e executadas no período de 1942 a 1945.

Uma das condições essenciais para o agraciado receber essa medalha é ter cooperado na vigilância do litoral, no transporte aéreo de pessoal e material necessário ao sucesso da campanha, nos serviços relativos à segurança de vôo e à eficiência das operações dos aviões comerciais e militares.