domingo, 21 de febrero de 2010

Karl Dönitz, o último Führer do III Reich


Adolf Hitler, um dos personagens mais polêmicos do século XX, foi o grande Führer do III Reich alemao por 12 anos (1933-1945), mas nao foi o último. Pouca gente sabe, mas Karl Dönitz, o comandante da Kriegsmarine, a marinha alemã, foi o último Führer da Alemanha por 23 dias, após a morte de Hitler.

Durante os últimos dias do mês de abril de 1945, Berlim estava rodeada pelo exército vermelho e um constante dilúvio de bombas caiam sobre a cidade. Hitler se encontrava encurralado em um bunker situado debaixo do edificio da Chancelaria.

Acuado, e principalmente consciente de que seu fim estava próximo, Hitler convocou sua secretária Traudl Junge para ditar seu testamento político onde nomeava como seu sucessor no governo de Estado e da Werhmacht ao almirante Karl Donitz, deixando como missao continuar o combate contra o exército aliado. Hitler nomeou a Martín Bormann e Joseph Goebbels como testemunhas de seu testamento e aproveitou para expulsar formalmente a Göring e Himmler do partido e todas as suas funçoes, por traiçao.

Dönitz não iria tornar-se Führer, mas sim presidente da Alemanha, um posto que Hitler havia abolido anos antes, e Joseph Goebbels, líder do estado e chanceler. Entretanto, depois que Hitler cometeu suicídio, em 30 de abril de 1945, Goebbels fez o mesmo no dia seguinte, e portanto Dönitz acabou acumulando os dois cargos, por esta razao, muitos autores o reconhecem como um Führer de fato.

Dönitz exerceu o cargo até ser preso por tropas britânicas em 23 de maio de 1945. Tinha ele efetuado um esforço enorme na tentativa de fazer com que tropas alemãs rendessem-se aos americanos e não aos soviéticos, dado o medo alemão de uma possível vingança soviética.

Durante os Julgamentos de Nuremberg, Dönitz foi acusado de promover uma guerra agressiva, conspiração para promover guerra agressiva e crimes contra as leis da guerra. Dönitz foi considerado culpado das acusações de "crime contra a paz", pelo qual ele foi sentenciado a 10 anos de cadeia, na prisão de Spandau, em Berlim Ocidental.

Suas memórias, Dez Anos e Vinte Dias, apareceram na Alemanha em 1958, e foram lançadas em inglês no ano seguinte. No decorrer de sua vida, sua reputação foi reabilitada, em grande parte. Dönitz fez tudo o que podia para responder correspondências e cartões autografados para outros. Quando morreu, em 24 de dezembro de 1980, muitos de seus ex-subordinados e outros oficiais navais estrangeiros foram ao funeral, em 6 de janeiro do ano seguinte.

2 comentarios:

  1. Vê se pode !! O nobre Almirante assume o poder, faz um esforço descomunal para os Alemães se renderem e vidas serem poupadas e ainda é condenado por promover "guerras". Kkkk Somente o tribunal sionista de Nuremberg para fazer isso.

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